Origens da Astrologia: Como a observação do cosmos deu início a essa antiga prática


Você já parou para pensar como a astrologia surgiu? Como e por que os seres humanos decidiram relacionar o movimento dos astros aos acontecimentos na Terra? Embora não seja possível determinar com exatidão a data do seu surgimento, sabe-se que sua origem remonta a tempos imemoriais. Desde que o homem começou a olhar para o céu, ele passou a perceber padrões nos astros e associá-los às estações, aos ciclos da natureza e aos eventos humanos. Vamos embarcar em uma viagem pelo tempo para entender como nasceu e evoluiu essa antiga arte que atravessa milênios.

Os primeiros registros astrológicos

A astrologia é tão antiga quanto a própria civilização humana. Evidências indicam que, por volta de 11.000 a.C., os primeiros calendários baseados na observação da Lua já existiam. Arqueólogos encontraram ossos entalhados na região do Vale do Dordogne, na França, que podem representar registros lunares.

A astrologia, inicialmente, era um saber empírico transmitido oralmente. Com o passar do tempo, tornou-se um conhecimento organizado, em que se buscava correlacionar os eventos celestes com fenômenos terrestres, como enchentes, colheitas e mudanças climáticas.

A Mesopotâmia e o berço da Astrologia

A região da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, é considerada um dos berços da astrologia. Sumérios, babilônios, caldeus e assírios desenvolveram sistemas astrológicos avançados, deixando registros em tijolos e tábuas de argila com observações astronômicas.

No período babilônio, por volta de 727 a.C., eclipses já eram registrados, e os astrólogos utilizavam as estrelas para marcar o céu, embora ainda não existisse o conceito fixo dos 12 signos do zodíaco. As divisões da eclíptica em 12 partes iguais surgiram posteriormente, por volta de 2600 a.C..

A primeira carta astrológica conhecida remonta a aproximadamente 410 a.C. e registra detalhadamente as posições da Lua e dos planetas no momento do nascimento de um indivíduo, evidenciando o avanço da astrologia na época.

O Egito e a influência na Astrologia

Enquanto os babilônios desenvolviam sua astrologia, os egípcios também faziam avanços nessa área. Registros indicam que, por volta de 4200 a.C., sacerdotes egípcios já estudavam os astros e os utilizavam para prever eventos.

Os egípcios criaram o calendário Sotíaco, que dividia cada constelação zodiacal em três partes, baseando-se na estrela mais brilhante. Além disso, um dos mais importantes registros astrológicos do Egito está no teto do templo de Denderah, hoje exposto no Museu do Louvre.

As pirâmides egípcias também revelam o avançado conhecimento astronômico e astrológico desse povo, pois foram alinhadas com estrelas importantes e serviam de observatório também.

A influência Persa e os avanços matemáticos

Com a dominação persa, a astrologia babilônia passou por uma revolução. Os persas introduziram cálculos matemáticos precisos, regularizando calendários e descobrindo os períodos sinódicos e siderais dos planetas.

Os períodos sinódicos e siderais dos planetas são conceitos fundamentais na astronomia e na astrologia, relacionados ao movimento dos astros em relação à Terra e ao céu estelar fixo.

  • Período sinódico : Refere-se ao tempo que um planeta leva para retornar à mesma posição aparente no céu em relação ao Sol, quando observado da Terra. Ou seja, é o intervalo entre duas conjunções sucessivas do planeta com o Sol no céu terrestre. Esse período varia conforme a posição do planeta no sistema solar e sua órbita ao redor do Sol. Os antigos astrólogos babilônicos perceberam que cada planeta tinha um ciclo previsível de perda e desaparecimento, o que foi crucial para a isolamento das desvios astrológicos.

  • Período sideral : É o tempo que um planeta leva para completar uma órbita ao redor do Sol, medido em relação às estrelas fixas. Diferentemente do sinódico, que é oferecido da Terra e está sujeito à transferência relativa entre os astros, o período sideral considera um referencial externo e absoluto. Esse conhecimento ajudou aos astrólogos babilônios catalogar os movimentos planetários com maior precisão e elaborar mapas celestes mais detalhados.

A descoberta e o estudo desses períodos foram fundamentais para o desenvolvimento da astrologia matemática, permitindo mais refinadas e a criação de calendários astronômicos que ainda influenciam nossa compreensão do tempo e dos ciclos planetários.

Foi nessa época que os astrólogos começaram a fazer previsões não apenas para reis e nações, mas também para indivíduos, marcando o início da astrologia natal.

Conclusão: O legado da Astrologia

A astrologia nasceu da curiosidade humana em compreender o cosmos e sua relação com a Terra. Desde os primórdios, povos antigos desenvolveram sistemas para estudar os astros e prever eventos, criando um legado que atravessa os séculos.

Nos próximos artigos, exploraremos a evolução da astrologia em diferentes culturas, desde a Índia e a China até sua chegada ao Ocidente, passando pela Grécia e Roma.

Agora quero saber: qual parte da história da astrologia mais te impressionou?

Quer saber mais sobre astrologia? Deixe seu comentário ou compartilhe este artigo com quem você acha que vai adorar descobrir mais sobre os assuntos abordados aqui! 😊

Paz e Luz,

Cláudia Luiza!




Comentários